Naquela cidade onde estive,acordei ouvindo os sinos da igreja próxima.Breves tilintares numa manhã ensolarada.Nessa mesma cidade as portas e as janelas permanecem abertas o dia todo e só são fechadas ao anoitecer quando seus habitantes se recolhem para o sono.Ainda vejo os muros baixinhos,diferentes dos muros da minha cidade-muralhas- e as cercas?Não são elétricas como as que eu conheço.Ouvi também o barulho da bicicleta do leiteiro e a batida da jarra plástica na estrutura metálica do vasilhão de leite quando ele passava.
Nessa mesma cidade Franciscos e Marias se cumprimentam ao se cruzarem,perguntam sobre suas famílias,sorriem e continuam sua caminhada.
Mais um ônibus chegou!!Os familiares já esperam nas portas e janelas seus parentes da "cidade",um filho que mora longe,uma prima que não se vê a muito tempo,netos e até mesmo um amor.Todos eles chegam com a saudade no coração,motivados pelo carinho que se sente vão chegando...abraçando e fazendo a população daquela cidade crescer pelo menos nos dias festivos,férias,feriados.
Cidades pequenas que tornam-se enormes por acolherem em sua terra os conterrâneos e os visitantes.Que cultivam hábitos tão invejáveis por pessoas das ditas "cidades grandes",onde crianças ainda brincam nas ruas,sobem no coreto,onde ainda se pode sentar na porta de casa sem medo0,onde tomamos café da manhã juntos,onde a paz e a tranquilidade ainda existem!
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